Foto: Vitória Sarturi (Diário)
Futuro quase definido do deputado federal Paulo Pimenta (PT). Em entrevista à rádio CDN (93,5), no programa Bom, Dia Cidade!, nesta quinta-feira (31), o político disse que estuda os próximos passos. O Senado aparece como um horizonte possível. E conta, inclusive, com o apoio do presidente Lula.
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– O pessoal fica aí querendo que eu concorra para outro cargo. E tem o Senado. Paulo Paim (PT-RS) não vai mais (disputar). Presidente Lula valoriza muito a eleição para o Senado. Ele já manifestou a opinião dele, que ele gostaria que eu concorresse ao Senado – afirma Pimenta.
Na entrevista, lembrou que está no quarto mandato na cadeira na Câmara dos Deputados, sendo o mais votado entre os parlamentares petistas. E acrescentou que deve, sim, concorrer à chapa majoritária, sinalizando a possibilidade mais para o Senado do que a governador.
– O Rio Grande Sul não tem um senador com esse perfil combativo, com essa característica que o cara saiba, que tem alguém lá para defender o Estado e seus interesses, independente da questão partidária – ressaltou o deputado.
Outras siglas
Além da possibilidade de disputar o Senado, Pimenta disse pode acatar a decisão do grupo, caso haja interesse em formar uma aliança de centro-esquerda com outras siglas que não envolva seu nome. Entre elas, citou Partido Democrático Trabalhista (PDT) e Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Assunto de Santa Maria
Após anos de lentidão e entraves, a obra da Travessia Urbana de Santa Maria é um dos projetos mais aguardados da cidade. Conforme o deputado, foram refeitos os projetos, atualizados documentos e renegociados os contratos, garantindo o reequilíbrio econômico-financeiro das obras. Agora, segundo Pimenta, falta pouco para a conclusão:
– O que nós o que nos falta agora é muito pouca coisa. É concluir o viaduto da Uglione, com um acesso ali da Rua Capitão Vasco da Cunha, e o resto são pequenos detalhes.
Sobre o tarifaço
O deputado defendeu a soberania brasileira nas negociações comerciais com os Estados Unidos e criticou duramente a interferência política norte-americana. Segundo ele, as recentes tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afetam diretamente empresas gaúchas e brasileiras. Lembrou que o Brasil tem mais de 10 mil empresas que exportam para os Estados Unidos. Entre elas, estão empreendimentos gaúchos do setor calçadista e da agroeconomia. Sobre os confrontos políticos e econômicos, diz:
– Nós não podemos imaginar que os Estados Unidos é o xerife do mundo e que, agora, eles vão dizer se nós podemos negociar com a China, e nem em que condição nós podemos negociar.
Pimenta também repudiou a última manifestação do Trump, no dia anterior, quando o governo dos EUA anunciou uma sanção punitiva contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e, horas mais tarde, oficializou, por meio de uma ordem executiva do presidente americano, a taxação de 50% sobre produtos vendidos pelo Brasil, que contém, entretanto, uma lista de quase 700 exceções.
– Ele ataca o Supremo Tribunal Federal, faz menções às urnas eletrônicas, dizendo que o Brasil não tem segurança para fazer eleições 2026. E no meio disso tudo você vê que tem brasileiros e brasileiras envolvidos.
O político ressaltou que há um esforço conjunto do governo federal, setor produtivo e governadores para debater assuntos comerciais. Segundo ele, o presidente Lula tem mantido uma relação institucional com diferentes forças políticas dos Estados Unidos, e o caminho escolhido é o da negociação.
Veja na íntegra
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